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Recepcionista encontrou no exercício um aliado contra a Esclerose Múltipla

Para a recepcionista da Smart Fit, Cássia Ardenghi, a vida depois do diagnóstico de uma doença autoimune não podia parar. E não parou

12/02/2021Tempo de leitura: 4 mins

Redação Por: Redação

Cassia, recepcionista da Smart Fit

Cássia Ardenghi, 31, era auxiliar administrativa e levava uma vida tranquila até que, sem razão aparente, desmaiou uma, duas, três vezes. Recebeu o diagnóstico de Esclerosa Múltipla – doença em que as células de defesa atacam o próprio sistema nervoso, como se ele não pertencesse ao corpo, causando lesões no cérebro e na medula. A seguir, ela narra a jornada que a levou à academia: exercício físico e trabalho foram seus melhores companheiros.

Minha família

“Eu nasci e cresci na Vila Mascote, bairro da zona sul da cidade de São Paulo. Desde pequena, precisei lidar com as dificuldades que a vida impôs: aos 13 anos, vi minha irmã mais velha, na época com 22, falecer em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC). Anos depois, minha mãe foi vítima de uma parada cardiorrespiratória e também nos deixou. Como minha outra irmã já era casada, por um tempo, eu vivi com o meu padrasto.

Infelizmente, ele também sofreu um AVC, que comprometeu muito sua saúde e precisou se mudar para o interior do estado. Fui morar, então, com a irmã dele, minha tia de criação. Eu, com 26 anos, trabalhava, estudava, saía… tinha a minha independência.”

Primeiros sintomas e diagnóstico

“Em janeiro de 2014, durante um passeio no shopping com a minha irmã, desmaiei. Estava olhando a vitrine de uma loja enquanto ela fazia compras, não senti nada, apenas apaguei. Acordei com seguranças e bombeiros do estabelecimento em volta de mim, mas não dei bola — associei o acontecimento a uma simples queda na pressão arterial e segui a vida. Às vezes percebia minha visão um pouco turva, mas também não dava atenção.

Aí, aconteceu pela segunda vez, umas duas semanas depois, enquanto estava no metrô a caminho do trabalho. Minha irmã foi acionada e saiu correndo para me levar ao hospital, de onde eu só fui sair um ano e meio depois.

Isso porque além dos desmaios e visão turva, os sintomas começaram a piorar: dor de cabeça intensa e frequente, parestesia [formigamento de mãos e pés] e perda de força no lado esquerdo do corpo. Senti que meu organismo estava começando a ‘travar’.

A bateria de exames diagnosticou uma lesão cerebral e o neurologista veio dar o seu veredito, era Esclerose Múltipla. Bom, a minha reação na hora foi completamente normal para alguém que acaba de descobrir uma doença degenerativa — chorei, e muito! Imagina saber que, mesmo lutando e seguindo o tratamento à risca, você pode ficar paralisado! Fiquei bem abatida”.

Dias e mais dias no hospital

Os tratamentos começaram ainda em 2014, de forma multidisciplinar — passava com neurologistas, infectologistas (a esclerose é uma condição autoimune, causada pelo nosso sistema imunológico, que passa a funcionar de forma inapropriada), dermatologistas, fisioterapeutas e psicólogos. E a rede de apoio não parava aí: além de receber inúmeras visitas, fazia terapia por meio de jogos e lia bastante para ajudar a preservar o lado cognitivo. Tive direito a voltar algumas vezes para casa.

Toda essa jornada durou até novembro de 2014 e tive percalços. Desenvolvi uma trombose pulmonar quase fatal. Sentia falta de estudar, poder sair para passear, e principalmente de não depender das pessoas para coisas básicas, como escovar os dentes e tomar banho.

Em 2015, apesar de já ter ido morar com minha irmã, ainda me internava mensalmente no hospital-escola Universidade Federal de São Paulo para completar a última etapa do tratamento. Enquanto isso, ia pesquisando mais sobre o assunto na internet e descobrindo pessoas, famosos inclusive, que também sofrem com a condição.

Seguindo a vida

“Voltar para casa devolveu a autonomia que eu tanto desejava! Aos poucos, retomei as tarefas básicas, e já conseguia comer sozinha, tomar banho, escovar os dentes… Só precisava de uma mãozinha da bengala para andar, e ainda não podia sair sem estar acompanhada. Na mesma época, em 2016, os médicos recomendaram a prática de exercícios físicos. 

Comecei com a musculação para voltar a ter força, consciência corporal e conseguir fazer movimentos de repetição e marcha (como a caminhada). Quando vi, já não dependia mais de nada para me locomover, e pude até me aventurar em um sonho de infância, as aulas de dança do ventre. Tanto o esporte quanto o contato com as pessoas da academia foram imprescindíveis para a minha recuperação.”

Uma história com a Smart Fit

“Já sabia do poder transformador que a atividade física pode provocar na vida das pessoas — eu tinha sido um exemplo vivo. Foi por isso que, quando vi o anúncio de uma vaga de emprego para PcDs (pessoas com deficiência) em uma academia, corri para me inscrever. Eu queria muito voltar a trabalhar.

O processo seletivo era confidencial e durou algumas semanas – eu não sabia que a vaga era na Smart Fit. Logo fui contratada como recepcionista da unidade da Avenida Mascote e ganhei a minha chance. Amo absolutamente tudo lá: o contato com as pessoas, a cumplicidade dos colegas, trabalhar por um propósito, a relação com a líder. Tento transmitir tudo o que aprendi com a vida para quem passa pelo balcão.

Hoje, a doença está controlada e adormecida. Os últimos exames que fiz tiveram resultados muito positivos. Me considero uma pessoa feliz e vitoriosa por todos os desafios que consegui superar. A chave motriz para vencer as dificuldades é a esperança.”

Álbum de fotos <3

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