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Como a academia auxiliou na recuperação da autoestima após vencer o câncer de mama

Mesmo com hábitos saudáveis e nenhum histórico familiar, Cristiane teve câncer de mama. Recuperar a autoestima após o tratamento foi um desafio

Por: Maria Cecília Arra26/10/2020Tempo de leitura: 5 mins

vencer o câncer de mama

A analista financeira Cristiane Leal Alves da Silva tem hoje 45 anos. Há pouco mais de dois, desconfiou de um cisto e fez o certo – procurou ajuda médica. Abaixo, ela nos conta como a jornada como paciente de câncer de mama a fez redescobrir o gosto pela vida.

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Cristiane buscou um médico para investigar um nódulo Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A desconfiança e o diagnóstico

No início de 2018, descobri que tinha um câncer.

Tudo começou quando sofri um aborto espontâneo. Eu fiquei com as mamas muito inchadas e, a partir daí, vários cistos apareceram, um deles era um pouco maior. Procurei o ginecologista para fazer o de praxe: mamografia e ultrassonografia. Até esse momento, não tinha passado pela minha cabeça ter câncer.

Passei a tratar esse nódulo, mas ele só aumentava. Começou a repuxar a pele. Achei estranho e passei a prestar mais atenção, apalpando a região. Notei alteração na minha axila, que também tinha um carocinho. Fiquei preocupada e decidi, por conta própria, buscar o mastologista [especialista nos cuidados das glândulas mamárias]. Ele pediu para repetir todos os exames e, desta vez, solicitou uma biópsia. Com o resultado em mãos, orientou que eu entrasse em contato com o meu médico com urgência. Aí, veio a bomba: carcinoma invasivo mamário. Um tumor maligno. Caí em desespero. Afinal, a gente nunca imagina – eu era jovem, sempre mantive hábitos saudáveis e não tenho histórico familiar de câncer.

O tratamento e as emoções

O câncer crescia rápido, 3 cm logo viraram 3,8 cm. Então, fui encaminhada ao oncologista para dar início ao tratamento.

Na quimioterapia, passei por todo aquele processo: meu cabelo caiu e eu fiquei bastante debilitada. A essa altura, eu já tinha nódulos nas axilas também. Foi um tratamento bastante agressivo, a gente acaba encarando uma reestruturação emocional muito grande. Eu me fechei completamente, e não quis nem procurar ajuda psicológica. Depois, a fase mais branda da quimio também me debilitou.

Seis meses após o começo da minha jornada, o câncer ainda não tinha desaparecido e tive de me submeter a uma cirurgia. Então, optei por fazer uma mastectomia com reconstrução mamária. Os médicos são muito conscientes em dar orientação e atender o desejo da paciente, porque é muito difícil uma mulher chegar determinada a tirar a mama.

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Cristiane foi orientada a praticar atividade física enquanto fazia fisioterapia. Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A cirurgia e o impacto

Fiz a primeira cirurgia, que foi a retirada total da mama e o esvaziamento das axilas. Na recuperação, também recebi indicação de radioterapia.

Quando você descobre um câncer, se arma para lutar contra ele, mas não está preparada para o depois: ver a retirada da sua mama, entender como você se sente como mulher, com o seu marido e sua família… Para completar, a radioterapia causou queimaduras na minha pele e me deixou muito angustiada. Ali, eu percebi o trauma que tudo isso causa fisicamente na mulher. Sempre fui vaidosa. De repente, me vi queimada, com a mama deformada. Acabei tendo uma certa rejeição à prótese mamária, além disso senti muitas dores. O médico me disse que, naquele momento, não poderíamos operar novamente.

Pouco tempo depois, parti para a minha segunda cirurgia: a de retirada da prótese e de uma nova reconstrução mamária. Dessa vez, os médicos colocaram uma espécie de tela para evitar que a mama enrijecesse, como na primeira vez.

A depressão e a volta por cima

Enquanto fazia fisioterapia, como parte da recuperação, fui aconselhada a retomar a atividade física.

Na verdade, eu estava em depressão. Eu chorava constantemente, não me reconhecia como mulher e isso estava prejudicando meus relacionamentos pessoais e profissionais – eu já havia retornado ao trabalho, mas fui afastada novamente. Durante esse período, fiz um tratamento sério de psicoterapia e psiquiatria. Da boca dos especialistas, ouvi: “Olha, Cris, você precisa querer melhorar. Só os remédios não vão bastar. Você tem que querer sair dessa”.

Academia para recuperar a autoestima

Passei a me olhar mais. Eu sempre gostei de me cuidar. Então, resolvi me matricular na Smart Fit. Expliquei para o instrutor toda a situação, a mobilidade parcial do braço por conta das cirurgias, as dores, a depressão. Comecei treinando dentro das minhas possibilidades, sempre com acompanhamento. Fui recobrando minha autoestima, tão abalada há tanto tempo. Recuperei a mobilidade do braço, me livrei das cãibras abdominais e das dores na mama que me acometiam desde a operação. Hoje, consigo vestir um top sem sentir vergonha.

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Hoje, ela consegue usar um top e se sentir bem com ela mesmo. Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A parceria em casa

O apoio familiar foi fundamental, principalmente do meu marido. Ele me acompanhou de perto em todo o tratamento, sempre me consolou nos momentos de maior fragilidade. É preciso ter uma maturidade muito grande para ser parceiro de alguém que descobre um câncer. Eu sei que nem todos têm esse olhar.

Sobre o futuro

Os exames indicam que estou curada. No entanto, a medicação continua, pelo menos, pelos próximos 5 anos. Eu pretendo continuar fazendo exercícios físicos, retomar o meu trabalho, ter a minha rotina.

Quando a gente passa por uma experiência como o câncer de mama, o maior aprendizado é entender que precisamos viver o presente, fazer o melhor por nós mesmos hoje. O dia de amanhã não nos pertence ainda. Às vezes, a gente deixa de lado o que nos traz prazer.

O que você precisa saber sobre câncer de mama

O câncer da mama é o que mais afeta as mulheres no Brasil e no mundo. Por isso, falar sobre ele é essencial para lembrar a importância do diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura e ajudar a promover uma vida mais saudável. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se o surgimento de mais de 66 mil novos casos da doença no Brasil, apenas em 2020.

Como vimos no caso da Cristiane, a mamografia é a melhor aliada da mulher para que possíveis tumores sejam descobertos logo no início do desenvolvimento. De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores. Quer saber mais sobre o assunto? Leia em: câncer de mama:  o que é, causas, sintomas e detecção precoce.

Dica bônus!

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