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Perder músculos pode aumentar o risco de desenvolver demência

Indivíduos com níveis mais altos de perda muscular também correm mais risco de quedas e fraturas.

26/06/2025Tempo de leitura: 3 mins

Larissa Serpa Por: Larissa Serpa

Mulher fazendo búlgaro na academia.

Um novo estudo envolvendo pesquisadores de várias instituições médicas investigou a perda muscular e o risco de demência.

Eles descobriram que o tamanho relativo de um músculo específico está associado ao aumento do risco de demência e declínio cognitivo.

Envelhecimento e sarcopenia

À medida que envelhecemos, nossa massa muscular geral tende a diminuir. Após os 50 anos, perdemos uma média de 1–2% de nossa massa muscular a cada ano. 

Especialistas estimam que 5–13% dos indivíduos com idades entre 60–70 anos têm sarcopenia (essa condição que se caracteriza pela perda de massa muscular e força esquelética ao longo do tempo). Em pessoas com 80 anos ou mais, isso sobe para 11–50%.

Essa tendência de queda de massa muscular torna mais difícil navegar na vida diária e pode impactar a capacidade de um indivíduo de cuidar de si mesmo.

A sarcopenia também aumenta significativamente o risco de quedas e fraturas. Além de problemas de força e equilíbrio, a perda muscular também pode impactar outros sistemas do corpo:

O músculo esquelético é um órgão endócrino, o que significa que ele libera hormônios. Esses hormônios — chamados miocinas — entram no sangue e têm efeitos abrangentes. Por exemplo, eles podem influenciar como a glicose é metabolizada no fígado, como as células produtoras de insulina no pâncreas funcionam e como as células nervosas funcionam.

As miocinas também ajudam a manter a inflamação sob controle, o que é importante: conforme as pessoas envelhecem, elas tendem a sofrer inflamação de longo prazo, que pode começar a danificar células e tecidos.

“Os músculos  são  essenciais para os idosos serem autônomos, independentes e realizarem atividades simples do dia a dia, como andar, sentar, levantar, e  também cumprem funções muito importantes no organismo, como na regulação do metabolismo da glicose, na produção de hormônios, além de atuarem no controle  da temperatura corporal e influenciarem nas respostas inflamatórias e imunes”, coloca o médico nutrólogo Nataniel Viuniski.

Fatores que aumentam a perda da massa muscular

Existem alguns fatores que aumentam o risco de sarcopenia, que incluem:

  • Inatividade física.
  • Ingestão inadequada de proteínas.
  • Condições médicas contínuas, como câncer ou diabetes.

Força muscular X demência

No estudo, os pesquisadores recrutaram 621 participantes sem demência com uma idade média de 77,3 anos.

Eles mediram os músculos temporais dos participantes. No total, 131 tinham um temporal grande e 488 participantes tinham um temporal pequeno.

Durante um acompanhamento médio de 5,8 anos, eles descobriram que aqueles com um temporal menor tinham um risco maior de desenvolver demência.

Análises posteriores mostraram que ter um temporal menor estava associado a um desempenho pior em testes cognitivos. Além disso, esse grupo teve maiores reduções no tamanho geral do cérebro e no tamanho de certas regiões cerebrais importantes para a memória, como o hipocampo e o córtex entorrinal.

Como evitar a perda muscular

A boa notícia é que existem maneiras de controlar a sarcopenia. Portanto, de reduzir o risco de demência.

Faça exercícios físicos – especialmente musculação

Esses exercícios são ótimos para adultos mais velhos porque podem ser feitos sem nenhum outro equipamento além de uma cadeira e fornecem suporte extra para adultos com problemas de equilíbrio.

Alguns exercícios de musculação na cadeira incluem elevações da cadeira, elevações de pernas sentado e flexões laterais.

Com um par de halteres leves, os adultos mais velhos também podem fazer flexões de bíceps, desenvolvimento de ombros, elevações de frente para lateral e muito mais.

Mantenha níveis adequados de proteína

Juntamente com a atividade física, é importante consumir proteína suficiente — os blocos de construção dos músculos.

Nosso apetite diminui naturalmente à medida que envelhecemos, então atender a essas necessidades maiores de proteína pode ser mais desafiador. Mas há muitas maneiras de incorporar proteína como parte de uma refeição ou lanche balanceado, como com a suplementação de whey.

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Larissa Serpa
Larissa Serpa

Jornalista e copywriter especializada em saúde, incluindo fitness e alimentação. Já passou por diversos veículos nacionais e internacionais com enfoque no tema. Tem a musculação como exercício favorito, com um lugar especial também para a bike indoor.

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