Quanto exercício é seguro para pessoas com doenças cardíacas?
Embora o diagnóstico possa levar a preocupações sobre a atividade física, ela pode, na verdade, ser um dos tratamentos mais benéficos.
02/12/2025 ● Tempo de leitura: 2 mins
Por: Larissa Serpa

Para pessoas com doenças cardíacas, o exercício pode proporcionar inúmeros benefícios, incluindo melhora da função cardíaca, aumento da resistência, redução do risco de complicações futuras e melhor saúde mental. Tudo isso está ligado a influência que a prática de exercícios exerce no colesterol.
“Há dois tipos de colesterol: o HDL, mais conhecido como ‘colesterol bom’ e o LDL, denominado ‘colesterol ruim’, que, quando em excesso, torna-se fator de risco para doenças cardiovasculares”, explica a cardiologista Bruna Miliose.
“A prática de exercícios físicos aumenta o colesterol bom, diminui os triglicerídeos e tem efeitos benéficos em relação ao colesterol ruim”, explica a cardiologista.
No entanto, nem todos os exercícios são adequados para todos, e encontrar uma rotina segura exige uma abordagem cuidadosa.
A seguir, a gente te ensina a prestar atenção se você é uma pessoa com doenças cardíacas praticando exercícios.
Qual a quantidade de exercícios segura?
A quantidade de exercícios segura para indivíduos com doenças cardíacas pode variar dependendo da gravidade da doença e do nível geral de condicionamento físico. De modo geral, os profissionais de saúde recomendam uma combinação de exercícios aeróbicos e treinamento de força.
Não existe uma recomendação única para a prática de exercícios com doenças cardíacas. No entanto, a American Heart Association fornece as seguintes diretrizes para exercícios:
Exercícios aeróbicos
Você deve tentar fazer pelo menos 150 minutos de exercícios aeróbicos de intensidade moderada por semana, divididos em cerca de 30 minutos por dia, 5 dias por semana. Atividades como caminhada, natação, ciclismo ou dança de baixo impacto são ótimas opções. Esses exercícios fortalecem o coração, melhoram a circulação e aumentam a resistência sem sobrecarregar o corpo.
As sessões devem começar com 10 a 20 minutos por dia e aumentar gradualmente para 30 minutos, conforme tolerado. Dividir o exercício em sessões mais curtas pode torná-lo mais administrável e ajudar a prevenir a fadiga ou o esforço excessivo.
Treinamento de força
Incorporar exercícios de treinamento de força de 2 a 3 dias por semana pode ajudar a melhorar a força e a resistência muscular. É importante usar pesos leves e focar em mais repetições (10 a 15 por série) em vez de levantar pesos pesados. Essa abordagem ajuda a manter a massa muscular e melhora a capacidade funcional sem sobrecarregar o coração.
Flexibilidade e equilíbrio
Exercícios de alongamento e equilíbrio (como ioga ou alongamentos suaves) são importantes para melhorar a flexibilidade, prevenir quedas e manter a mobilidade. Esses exercícios podem ser realizados regularmente e devem fazer parte de qualquer plano de controle de doenças cardíacas.
Dicas para praticar com segurança
- Escute seu corpo: sinais como falta de ar excessiva, dor no peito ou tontura devem interromper o exercício imediatamente;
- Monitore sua frequência cardíaca: converse com seu médico sobre os limites seguros para você;
- Aumente a intensidade aos poucos: nada de exageros! A progressão gradual é essencial.
Com orientação adequada, o exercício pode reduzir o risco de complicações futuras, melhorar a qualidade de vida e ajudar você a viver de forma mais saudável, mesmo com uma doença cardíaca.