Frieira: causas e tratamentos
Descubra como se livrar deste incômodo
30/01/2020 ● Tempo de leitura: 2 mins
Por: Redação
A frieira (cientificamente chamada de intertrigo ou tinea pedis) é o nome popular da micose. De acordo com a dermatologista Fernanda Nichelle, de São Paulo, ela geralmente surge entre os dedos dos pés, embora também possa acontecer na planta dos pés, entre os dedos das mãos e na virilha. E, segundo o dermatologista Victor Bechara, ela pode, inclusive, vir associada de micose nas unhas.
O que é frieira?
“É uma infecção fúngica, altamente contagiosa da pele ou do couro cabeludo, também conhecida como tinha dos pés ou pé-de-atleta”, explica Fernanda. Consiste em uma doença causada pelos fungos chamados dermatófitos e ganhou esse nome porque é bem comum entre os praticantes de esportes, que estão sempre de tênis – um sapato fechado, que favorece o aparecimento deles.
“Esses fungos se localizam na pele, no pelo e nas unhas, alimentando-se de queratina, proteína que ajuda na formação de unhas e cabelos”, completa Bechara. Pessoas que tenham contato direto com pessoas que possuam a patologia, más condições de higiene, transpiração excessiva em áreas de dobras e usam muitos sapatos fechados são as mais propensas a ter.
O que causa
O dermatologista revela que a frieira acontece devido ao aumento da umidade local, causada pelo suor e por restos de água que ficam nos pés ao secá-los de forma inapropriada. O calor provocado pelo uso de sapatos fechados é outro fator que desencadeia e agrava o quadro.
Além disso, de acordo com Fernanda, ela pode aparecer porque a pessoa teve contato direto com um indivíduo contaminado, por exemplo. Mas também através do uso de objetos contaminados, como sapatos ou meias, ou até mesmo ao pisar no chão molhado de vestiários e piscinas, que estão frequentemente com os fungos que causam micose.
Sintomas
- Coceira na região afetada;
- Descamação da pele;
- Vermelhidão;
- Erosão da pele;
- Cor esbranquiçada na região das lesões;
- Ardência;
- Cheiro característico.
Como tratar frieira
Segundo a dermatologista Fernanda, o tratamento da frieira geralmente inicia com medicamentos antifúngicos tópicos, como pomadas, e, se necessário, medicação via oral.
“Mudanças de estilo de vida também são orientadas. Como, por exemplo, ter cuidado em manter a região sempre muito limpa e seca. Se isso não for respeitado, o tratamento pode demorar semanas ou meses”, aponta a especialista. Mas vale lembrar que o tempo para curar a frieira é variável.
O mesmo conselho vale para prevenir que o problema volte. É recomendada a redução da umidade dos pés e calçados, usando sapatos abertos ou impermeáveis e trocar as meias com frequência.
“Os espaços entre os dedos precisam ficar bem secos após o banho. Produtos secantes também são indicados: há opções de pós antifúngicos, pós anti-sépticos, violeta de genciana, compressas com solução de Bürow (5% de subacetato de alumínio) e solução de clorido de alumínio”, indica Bechara.
Que médico procurar?
O ideal é procurar sempre um dermatologista, o profissional mais indicado para diagnóstico e tratamento de doenças de pele e anexos (cabelos e unhas). Mas o médico clínico geral não é descartado.
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